sexta-feira, 26 de junho de 2009




O exame científico dos êxtases das videntes de Medjugore (I)

Como julgar a objetividade de uma visão baseando-se, apenas, na palavra do "vidente"? Em Lourdes, o Doutor Dozous colocou os dedos de Bernadette Soubirous em contato com a chama de sua vela, sem que ela manifestasse qualquer reação; em Soufanieh, Damasco, o mesmo cirurgião arrancou uma unha da vidente Myrna até sangrar! Por vezes, aguilhoaram e perturbaram os videntes, mas em Medugorje muito foi feito, graças aos eletroencefalogramas (EEG) e aos eletrooculogramas (EOG) realizados em 1984 por equipes francesas (Pr. Joyeux) e italianas (ARPA).

Os EEG medidos pelos eletrodos colocados sobre o crânio, identificam as correntes produzidas, permanentemente, pelo sistema nervoso: estando o paciente acordado, dois tipos de freqüência são distinguidos: o ritmo beta, de 14 a 15 Hz (hertz), de fraca amplitude, que ocupa as regiões frontais e médias dos dois hemisférios cerebrais, quando em momentos de reflexão, cálculo ou de atividade; e o ritmo alfa, de 8 a 13 Hz, de maior amplitude, com aspecto de fusos, recolhido, principalmente, nas regiões posteriores: este desaparece ou se atenua, quando o paciente está com os olhos fechados, em momentos de repouso, e mesmo de relaxamento ou meditação; ele desaparece ou se atenua quando os olhos estão abertos, quando se está atento a algo, mormente se for algo visual e, igualmente, pelo esforço mental. Os ritmos do sono são perfeitamente reconhecíveis, assim como os aspectos patológicos (síndrome confusional, epilepsia, lesão cerebral, encefalites, estados de coma).

Porém, em Medugorje, os EEG praticados em Maria, Ivanka e Ivan, os três videntes, revelam um fato particular, mas não patológico. Durante os êxtases, a avaliação feita nos jovens evidencia a preponderância do ritmo alfa, com extensão das regiões frontais anteriores, quando estão com os olhos abertos e sua atenção captada pela aparição, como sugere o olhar fixo em algo. Não é possível dissimular tais detalhes. É como se eles estivessem mergulhados em profunda meditação, onde entram e logo saem, sem qualquer fase de transição. O cérebro dos três, todos bem despertos - mas "relaxados" - durante o êxtase, não parece estar em sintonia com a habitual percepção do meio que os envolve.
O exame científico dos êxtases das videntes de Medjugore (II)

Os eletrooculogramas realizados em cada um dos videntes trazem conclusões impressionantes: os eletrodos colocados junto à beira dos olhos, mostram os movimentos (voluntários ou não) dos globos oculares.

O estudo foi efetuado, concomitantemente, em dois dos jovens videntes (Maria e Ivan). As diferentes e naturais mexidas, ou vibrações comuns, quando se está desperto (mesmo que o indivíduo decida fixar a sua atenção sobre algo), estacam quase que simultaneamente logo ao início do êxtase, e voltam a se mover ao término deste. Este resultado sublinha a fixação do olhar mais intensa que a própria vontade. Esta simultaneidade é igualmente notável: a aparição se inicia e termina exatamente no mesmo momento para cada um dos videntes. As simultaneidades são incríveis. De repente e, ao mesmo tempo, eles se ajoelham segundo o estudo metódico realizado pela Senhora Joyeux, sob a direção do professor Henri Joyeux. A sincronia é quase sempre exata, às vezes com diferença de um centésimo de segundo, o que exclui qualquer possibilidade de um sinal exterior. As crianças pronunciam as palavras "que estais no Céu", do "Pai Nosso", ao mesmo tempo e prosseguem até o final da oração, acompanhando a Santíssima Virgem. Quando perguntaram aos pastorinhos por que eles não começavam a oração ensinada por Jesus, com as duas primeiras palavras, "Pai Nosso", eles responderam: "É a Gospa (a Virgem) quem a entoa, quem puxa a oração, e nós continuamos com Ela."

Assim, todas essas luzes parecem confirmar que existe algo, exterior a eles (e invisível para os observadores) que desencadeia essas diferentes fases do êxtase, sem que nenhuma explicação psicológica ou neurológica tenha lugar. Este estudo em Medugorje é extraordinário e constitui, sem dúvida alguma, a recente descoberta médica em matéria de êxtase. A neurologia se paralisa diante dessas constatações inexplicáveis.


Dicionário das Aparições
Padre René Laurentin, Patrick Sbalchiero - Fayard, 2007


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