sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

TENDE PIEDADE DE MIM, QUE SOU UM NADA E NÃO POSSUO VALOR ALGUM




Tende piedade de mim, que sou um nada e não possuo valor algum...

Paul Verlaine, um alcoólatra, libertino e homicida, quando estava na prisão, se voltou para Maria, Refúgio dos pecadores, afirmando: "Não quero pensar em nada mais, a não ser em Maria, minha Mãe, porque todos os outros amores são de obrigatoriedade e porque Ela é a fonte do perdão..." Ele fez magníficos poemas para a Mãe de Deus:

"Necessito, a qualquer preço, de um socorro urgente e forte.
E este socorro forte, seguro, sois vós, Senhora vitoriosa sobre a morte,
e, sendo a rainha da vida, ó Virgem Imaculada,
que voltais para Jesus a Face constelada, cravejada de estrelas,
para mostrar-Lhe o Seio de todas as dores
e estendeis, sobre nossos passos, risos e lágrimas
e sobre nossas vaidades dolorosas,
vossas Mãos Luminosas, a verterem bálsamos.
Maria, tende piedade de mim,
que sou um nada e não possuo valor algum (...)
Fazei florescer em todo o meu ser, a flor das divinas primaveras,
vosso amor, doce Mãe, e vosso terno culto.
Ah! Amar-vos, amar a Deus através de vós,
desejá-Lo, aspirá-Lo em vós,
sem qualquer outro desvio sutil,
e morrer, tendo-vos ao meu lado. Amém.


Paul Verlaine (+8-1-1896)
O Angelus do meio-dia, novembro de 1873

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