terça-feira, 8 de setembro de 2009

NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA



Ela é, na Terra, um paraíso celeste (I)

Esta alma santa e divina é para a Igreja o que a aurora é para o firmamento, e ela precede, imediatamente, o sol. Mas ela é mais do que a aurora...

Nasceu no silêncio, sem que o mundo o soubesse, e sem que Israel cogitasse o considerável fato, sendo Maria a flor de Israel e a mais eminente da Terra. Porém, se a Terra não a conhece, o Céu a admira e a venera como aquela que Deus criou para tão grande desígnio e para prestar grande serviço à sua própria pessoa, isto é, para um dia revesti-la de uma nova natureza.

E é este mesmo Deus que deseja dela nascer, que a ama e a olha nesta qualidade. Seu olhar não se dirige, então, aos grandes, aos monarcas que a Terra adora, mas o primeiro e mais doce olhar de Deus, na Terra, afaga a humilde Virgem que o mundo ainda não conhece: este foi, então, o mais alto pensamento que o Altíssimo teve, sobre toda a sua criação.

Cardeal Pierre Bérulle (1575-1629)

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